Existem relatos de três tipos de familiares:
O espírito de um humano que já faleceu, e que concorda em auxiliar a bruxa em suas práticas mágicas. Um relato disto acontece no livro A Enciclopédia da Bruxaria, de Doreen Valiente.
Um elemental, uma criatura não-humana. Estes são bastante comuns, pois algumas pessoas com seus laços com os Dragões, Fadas, entre outros seres mágicos, podem acabar ganhando a confiança de um ser específico que queira trabalhar com eles de forma conjunta. Relatos de familiares elementais existem em relação ao famoso ocultista Paracelso – diz-se que ele possuía um familiar que morava em uma grande pedra preciosa.
Um animal vivo, como um gato, um cão, um pássaro, não importa o animal. É necessário apenas ter um laço forte de confiança e de amor entre o dono e o animal, e a permissão do animal para que se possa trabalhar em conjunto. Estes familiares costumam ter uma conexão mágica com a bruxa muito maior do que qualquer outro animal, sendo atraídos um para o outro.
Os animais vivos como familiares não são como uma ferramenta de magia, e sim, um participante ativo, que opta ou não por participar. Antes de realizar qualquer forma de magia com a participação de um familiar – seja ao utilizar sua energia, seus pelos ou outra coisa relacionada a ele -, é importante que se peça a permissão ao animal. Esta permissão pode ser feita através de uma pergunta direta, ou de uma meditação.
Os familiares precisam ter uma conexão muito forte com a bruxa, por isto, costumam estar sempre presentes em seus rituais e celebrações de todo o tipo. É uma das formas de manter os laços, que também pode ser feita de outras maneiras – como por exemplo, a utilização de fluidos corporais, como a saliva.
Os conceitos de animais familiares são similares às práticas do xamanismo, quando cada xamã possui seu animal de poder, e trabalha em conjunto com este espírito ancestral para ampliar seus conhecimentos e seu poder pessoal. Ou seja, seu familiar pode lhe auxiliar não apenas na magia prática, mas também como um guardião do praticante.
Deuses também possuem seus animais de poder, como é o caso de Hécate e seus cães negros, ou Athena e as corujas. Outras deidades, como Morrighan e Bastet, podem transformar-se nos próprios animais, como sendo uma forma de seu corpo. São símbolos, mas também são animais que podem ser trabalhados como sendo aspectos das divindades