. Merlin Do Druida Céltico ao Mago Arturiano
Merlin é uma das figuras míticas ou evemerizadas, (os deuses não são mais que personagens históricos de um passado obscuro) mais extraordinárias da mitologia europeia. É juntamente com Odin, a figura do Mestre Anti-nómico (Anti-lei) e do Poeta-Guerreiro. Merlin é também a epifania do Deus Cornudo, que encontrámos esculpido no Caldeirão de Gundestrup. Como prova dessa sua origem teriomórfica Merlin trás uma marca na história do Graal que esconde constantemente por debaixo do capuz, duas excrescências cornígeras sobre a testa. Lembremos contudo, que os cornos de cervídeo na sua constante renovação ao longo do ano imitam no plano microcósmico as grandes transformações sazonais da Terra, representam a Luz. Nesse aspeto ele é a epifania masculina da Alma da Terra, representando, noutro plano, o Homem Cósmico e Hiperbóreo. Merlin é assim, o Avatar ocidental Portador da Luz que está para lá do Cosmos, a Luz de tudo o que é considerado divino.
Merlin nas lendas registadas do séc. XII e um rei-guerreiro pagão do séc VI que se torna profeta e xamã, através de um longo retiro e enlouquecimento no seio da floresta da Caledónia, ao estilo druídico, depois da derrota diante das tropas cristãs a Escócia desde então, fica sob o fardo das sandálias do clero cristão.
Merlin representa o canto do cisne do Paganismo Antigo. Nessa despedida Merlin aparece como um avatar do Deus Cornudo, o sr dos Espíritos Animais. Como todos os xamãs ele trás, a condição física e espiritual de uma dupla-natureza: humana e animal. É a marca xamanica do teriomorfo.