O termo Arcano tem como origem etmológica arcanu, que vem do latim significando segredo, mistério. O que está oculto numa arca, num cofre.
Nos antigos centros iniciáticos do Egito, por exemplo, a forma de transmissão desses ensinamentos ocultos era simbólica. Era dada de acordo com três tipos de representação:
1- O simbolismo das cores.
2- O simbolismo dos quadros e figuras geométricas.
3- O simbolismo dos números.
No simbolismo das escolas egípcias, na Antiguidade, esses três tipos de representação se juntam num baralho de Tarot, composto de cartas coloridas, representando as lâminas, que chamamos de Arcanos. São 22 Arcanos Maiores e 22 Arcanos Menores.
Os adeptos daquela época, durante as iniciações no Templo, usavam em suas meditações o conteúdo das imagens dessas lâminas.
O objetivo era captar as imagens com a consciência e aceitar como conhecimento aquilo que a alma já sabia.
Os sacerdotes egípcios, eram mestres em “dizer sem dizer e saber sem ter ouvido”.
Pode-se dizer que as 22 imagens do Tarot são em parte os símbolos secretos de todo conhecimento que pode ser revelado aos homens. Eles contém o que chamam de tesouro do conhecimento e da vida.
Mesmo atravessando milênios, o significado místico dos valores universais permaneceu inalterado.
Também pode ser comparado à Arca de Noé, a Arca da Aliança de Moisés e a Arca que transportou Osíris para o mundo inferior, o mundo dos mortos e o fez renascer. Em resumo, é o ciclo cósmico completo: nascer, morrer e renascer.
As imagens clássicas do Tarot que conhecemos hoje, o mais usual, vem da Idade Média.